Expresso do Oriente

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Rota original do Expresso do Oriente (Paris, Munique, Viena, Budapeste, Bucareste e Istambul). As linhas menores significam as rotas secundárias.

O Expresso do Oriente é uma rota ferroviária que embora seja do oriente, não tem nada a ver com a China ou com aquelas pessoas que comem carne crua. O percurso tem uma distância de um mol de quilômetros e percorre por toda a Europa, ou pelo menos para os lugares mais significantes desse continente.

Essa loucura foi inventada em 1883 pela empresa belga Compagnie Internationale des Wagons-Lits, uma fábrica de chocolates agência de viagens ferroviários que não tinha ousadia de cobrar alguns milhões aos seus consumidores. Voltada para entusiastas aventureiros e cheios da grana, o Expresso do Oriente fornece uma viagem inesquecível para essas pobres pessoas que nunca andaram de trem (o povo do Brasil que o diga), passando por vários paísecos desde França até Turquia.

Origem[editar]

Georges Nagelmackers ao seu dispor.

Georges Nagelmackers era um barbudo aristocrata da famosa família dos crustáceos, gostava de "crustacear" por aí dando uma de Sirigueijo, foi ele quem criou essa companhia de viagens que inclusive também era fundador de uma outra companhia de hotéis, a Compagnie Internationale des Grands Hotels, assim quem viajasse num de seus trens também poderia se hospedar num de seus hotéis que já estavam espalhados igual catapora por toda a Europa.

A ideia por trás do Expresso do Oriente veio de Nagelmackers quando ele estava nos Estados Unidos dando aquela espiada nas novas geringonças dos americanos. Ele ficou impressionado como que nos EUA existiam trens movidos a carvão, trens com cama e restaurante e que ainda operavam de noite, já que na época de 1860, a Europa ainda estava engatinhando na ferrovia, afinal ninguém queria parar de andar de cavalo e/ou lutar com espadas. Voltando para casa, Nagelmackers botou a mão na massa e instalou a tecnologia americana para rodar na Europa. Colocando os trens para operar tanto de dia quanto de noite, o lucro aumentava sem parar, ainda mais quando os seus funcionários apenas recebem um copo de leite e um pão velho como pagamento.

Mesmo sendo pão duro, em 1880, Nagelmackers deu o braço a torcer e começou a fornecer viagens para as pessoas da terceira classe, no entanto voltou atrás no ano seguinte quando inventou o bagageiro de teto, essa invenção foi um dos orgulhos de Georges, pois assim não precisaria de um outro comboio apenas para as bagagens, fazendo o trem ser mais barato.

O Trem de Teste[editar]

Eclair de luxe, o trem de teste.

Sendo assim, Nagelmackers era muito mais do que um inventor e dono de um serviço de viagens, na verdade ele se achava tanto que em 1882 criou um trem apenas para provar o seu pensamento de miserável, o Eclair de luxe. Em seguida chamou seus confidentes e acionistas sanguessugas para uma viagem exaustiva e tortuosa de 2000 quilômetros que ia de Paris à Viena (ida e volta), demorando em torno de 3 dias. E aí você imagina um bando de ricaços gulosos que se odiavam e a única coisa que queriam era saber o quanto de dinheiro que isso iria render para eles. Mas não durou nem um dia, assim que entraram, pareciam que estavam num velório, foi então que em 1 hora de viagem, um os miguxos de Nagelmackers soltou um peido tão forte que até o chão estremeceu e o trem quase descarrilhou, e como não poderia faltar, além do barulho ensurdecedor, surgiu no ar o cheiro da morte.

O acontecimento terminou em tragédia, o maquinista coitado quase morreu sufocado, mas pela sorte de todos ele puxou o freio sem pensar parando o trem no meio do nada. A viagem não parou por aí, afinal o trem ficou interditado e seus passageiros precisavam respirar ar puro. Eles apenas partiram duas horas depois e mesmo assim tiveram que partir em cima do reservatório de carvão do trem, já que o futum estava impregnado na ala principal da locomotiva. Ao chegarem em Viena com suas bundas pretas de carvão, todos acharam melhor retornar à Paris de burrinho, mesmo que a viagem poderia durar uma semana.

O Trem Original[editar]

Esse era o plano de Nagelmackers, no mais essa foto é da segunda viagem onde as pessoas mostram sua grande empolgação pelo trajeto.

O incidente mau cheiroso não abalou Georges, muito pelo contrário, ignorou o trem de teste e jogou tudo para o alto. No dia 5 de julho de 1883, o primeiro trem do Expresso do Oriente parte de Paris à Viena, Georges por outro lado tinha um plano maquiavélico para envenenar todos os passageiros, não com lico de cair pinto, mas com apenas um sonífero para todos dormirem e não darem gastos com a comida e trabalho para os tripulantes. Contudo, como em tudo dá errado na vida de Nagelmackers, a droga não deu efeito (pelo menos nas primeiras horas) depois disso foi um terror, pois todo mundo teve caganeira e como no trem existia apenas um banheiro, a viagem teve que ser novamente parada, a sorte dos passageiros foi que o trem parou justamente numa plantação de mirtilos, e o pessoal pôde se aliviar nas moitinhas das redondezas.

A locomotiva original.

O fim desse incidente foi capa do Le Petit Journal, com a seguinte legenda: Cquote1.svg Passageiros do Expresso do Oriente se cagam de tanto comer bombas de chocolate Cquote2.svg, é provável que o chocolateiro tenha sido demitido, mas a exposição pelo jornal fez com que o Expresso do Oriente ganhasse fama e agora todo mundo queria ir se cagar no trem (?).

A rota original do Expresso do Oriente seguia o princípio da ignorância, ou seja, apenas passava por lugares realmente importantes, seja histórica, econômica ou por puro puxa-saquismo mesmo. Iniciava-se em Paris e ia em direção a Bucareste, no país do Drácula, passando pelas cidades de Munique (país da Linguiça), Viena (país da Cachaça) e Bucareste na bugada Bulgária. A cidade de Istambul, na época chamada de Constantinopla (e mais antes ainda de Bizâncio), na Turquia, foi introduzida no ano seguinte (1884) e foi uma grande oportunidade para os árabes conhecerem a Europa (e invadi-la anos depois).

Expansão[editar]

Conceito do Expresso do Oriente nos Países Baixos.

Em 1890, a rota Paris-Viena já era a mais famosa, afinal o que de de bom tinha pra fazer lá em Istambul? Para ver gente pobre é que não era. Por muito tempo, apenas essa rota era mais popular, mas com o tempo, os europeus ocidentais começaram a parar de ver o leste europeu como sinônimo de pobreza, e começaram a enxergar as suas qualidades (como se tivessem alguma qualidade).

Logo então começaram a surgir novas rotas sempre nessa premissa de ligar à cidade luz à cidade meia europeia e meia asiática, numa dessas novas rotas a cidade de Budapeste era ligada a Istambul não de trem, mas de jangada (ou pedalinho), passando pelo Mar Negro; noutra a rota passava por Belgrado e Sófia eliminando Bucareste e sua ideia tosca de ter que ir remando à Istambul.

Outras rotas, agora no ocidente da Europa chegava até Londres onde poderiam ir à Hogwarts. Poucos antes de falecer, Nagelmackers fez rotas secundárias com intensão de ligar Paris a outras capitais, tais como Bruxelas e Berlim. Amsterdam também foi cogitada para ser parte desse clubinho, mas por conflitos políticos, a cidade nunca foi parte do Expresso do Oriente, se não essa seria a primeira vez que um trem andaria sobre a água.

Primeira Guerra Mundial[editar]

Trem do Expresso do Oriente depois de levar uma chapoletada dos Alemães.

Durante todo o período da Primeira Meleca Mundial, as operações do Expresso do Oriente foram interrompidas, a essa altura Georges Nagelmackers já estava a mais do que 7 palmos abaixo da terra e quem estava no comando era Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Tchaikovsky por usa vez achava que os trens deveriam ser luxuosos, que oferecessem uma cama com cobertores de seda, música ao vivo (de preferência a sua própria) e grandes goles de pinga. Antes da guerra começar, o Expresso do Oriente era conhecido como uma viagem de gente pobre que estava a procura de novos lugares para poderem contrabandear e vender suas miçangas, como um camelô ambulante.

Com o serviço parado, Tchaikovsky resolveu dar uma repaginada nessas sucatas chamadas de trem, transformando-os em carros alegóricos, nessa época a arte nouveau estava no seu auge, por isso colocavam-se brilho e ouro nos trens, uma obra que seria reconhecida anos depois pelo presidente afrancesado Emmanuel Macron, como uma das coisas mais glamourosas que ele já tinha visto.

De 1914 a 1918, a rota do Expresso do Oriente foi dividida e usada pelos países em guerra para transportar armamentos e comida. A rota teve uma enorme importância para a Tríplice Aliança, juntos eles fizeram um plano maquiavélico para construir uma rota secreta que saía de Munique e ia para Zurique, e de Zurique à Paris. Os suíços foram subornados com apenas 2 marcos e uma mula perneta, em troca continuavam sendo neutros.

O Apogeu[editar]

Trem da alemã Mitropa.

Com o fim da guerra, o que a maioria do povo dos Aliados não queriam era passar pela Alemanha e seus antigos amiguinhos, foi então que foi construído o túnel Simplon que ligava a Suíça com a traíra da Itália, assim eliminando completamente a Alemanha, a Áustria e a Hungria, os perdedores da guerra.

Essa nova rota saía de Paris, passava por pela Suíça e adentrava ao apertadinho túnel Simplon e violá, você já estava na terra da pizza, passava por Veneza e ia para Zagreb (atual Croácia), logo em seguida por Belgrado e Sófia na Bulgária, e por fim em Istambul. Foi com essa rota que o Expresso do Oriente teve lucro, e inclusive deixou os seus passageiros mais felizes, pois passava pelos alpes suíços, no menu tinha pizza, macarrão e lasanha, além de estar mais perto do calor do Mar Mediterrâneo, muito melhor do que as chatas planícies da Alemanha.

Uma aconchegante cama de um dos trens do Expresso do Oriente.

Na década de 1920, o nome Expresso do Oriente era sinônimo de luxuria e conforto, e chamava a atenção das famílias de bem de vida a até mesmo dos menos endividados, bem como as monarquias que ainda restavam. Nessa década, viajaram Elizabeth II, Dercy Gonçalves, Jeanne Calment e Ruy Barbosa, sendo que este último quase morreu de orgasmo após se envolver com uma das comissárias.

Em 1930, a rota original reabre, e uma nova rota surge. A rota saía de Londres e ia em direção a Atenas, novamente passando por Viena, mas contornando a Alemanha pela Suíça e pela Áustria. Do outro lado, a Alemanha criou uma empresa chamada Mitropa, arqui-inimiga da Compagnie Internationale des Wagons-Lits, que por sua vez não sentiu nada mudar para o seu lado. A década de 30 foi a melhor época para o Expresso do Oriente porque pela primeira vez poderia jogar na cara de seus inimigos que estava ganhando, já que antes dessa época ela era um monopólio.

Segunda Guerra Mundial[editar]

Nazistas usando um trem para espalhar gases tóxicos por aí.

Com o avanço do nazismo, a Segunda Bosta Mundial acabou novamente interrompendo as operações do Expresso do Oriente, mas o que ninguém sabe é que a guerra foi um pretexto para a Mitropa acabar com a Wagons-Lits. Com a guerra rolando, as rotas mais uma vez foram dividas e usadas pelos combatentes.

Naziland foi o país que mais usufruiu das rotas do Expresso do Oriente, usando elas pela primeira vez em fevereiro de 1940. No inicio teve um pequeno desacordo com a Áustria no controle das rotas que estavam em seu território, o estopim aconteceu em 13 de maio de 1941 quando um trem em específico ficou trocando de dono, foram 17 trocas em apenas 7 horas, até que o trem foi bombardeado pela França no por-do-sol daquele dia. Em anos posteriores à guerra, a Alemanha usou a rota original do Expresso do Oriente para transportar judeus à hotéis da vida.

Lá no fim da guerra, a rota principal foi cortada, pois todo o percurso na Itália havia sido sabotado por rebeldes, e como num efeito dominó, mais de 2 quilômetros de rota foram destruído em pedacinhos, dizem que em Veneza aconteceu um fenômeno raro de chuva de trilhos, e que até em Viena se pôde escutar o barulhos de gente morrendo e gritando com explosões causadas por um palito de fósforo.

A Falência[editar]

Assim que a guerra acabou, as operações do Expresso do Oriente não haviam se normalizado, com trens explodidos, trilhos faltando e uma multidão furiosa, o serviço simplesmente caiu no esquecimento, afinal ninguém da Europa tinha dinheiro. No entanto, depois dos julgamentos de Nuremberg, ficou entendido que a Alemanha tinha que pagar por toda aquela desordem, mas como o país já nem mesmo tinha um governo próprio, coube os aliados a terem que se virar para arrumar esse barraco.

Devido a pobreza que se encontrava em toda a Europa, a França criou trens de plástico, que na época era o material mais barato, e o carvão foi substituído por água do Rio Tietê. Agora o trens já não expeliam fumaça, mas bolhas de sabão.

Foi-se apenas em 1950, que o Expresso do Oriente chegou a sair do papel, mas novamente foi parado devido a políticos mimados, desta vez quem atrapalhava era a cortina de ferro que recém acabara de ser levantada. Isso impediu a passagem pela Iugoslávia e assim para Istambul, mas depois de subornar o Nhonho com uma maravilha turca, a ferrovia continuou a funcionar nos bálcãs, isso até a URSS se irritar com a Iugoslávia e implantar uma ditadura lá.

A medida que a cortina de ferro não significava brincadeira de criança, e que sua passagem simbolizava morte, o Expresso do Oriente começou a sofrer bullying de ambos os lados. Inclusive, o Leste Europeu começou a demonstrar a sua fraqueza devido aos abusos feitos pela Mãe Soviética, o que fez sua paisagem mudar de belo para horrendo, e ninguém mais se interessar em passar por lá, afinal quem vai pagar para ver coisa feia?

Em 1962, as três rotas do Expresso do Oriente foram paradas, pois nesse ano quem morreu foi a Compagnie Internationale des Wagons-Lits, não porque a Mitropa a tirou de mercado, mas porque ninguém mais tinha dinheiro para viajar e andar lentamente de Maria Fumaça. Sem contar que os aviões a jato já se consolidavam no mundo dos automóveis, e fazia uma viagem longa ser menos sofrida.

Legado[editar]

Louça usada nos trens do Expresso do Oriente.

Logo após o fim do Expresso do Oriente, o direito das ferrovias ficou sob cuidados do governo de cada país, a França e a Alemanha não perderam tempo e reabriram a rota Paris-Viena, agora com trens elétricos com uma duração de apenas 15 horas. Embora viajar de Paris à Istambul demore menos do que 4 horas de avião, teve gente que quis se aventurar numa última viagem de trem, em 1977 que demorou 3 dias e ainda com direito a levar bala, já que os bálcãs nunca se cansam de brincar de arminha.

Hoje ninguém dá a mínima para Expresso do Oriente, pois sabem que andar de trem além de demorado é caro. Exceto quando falamos do assassinado no Expresso do Oriente, que até hoje não se sabe quem causou-o, e pelo visto nem vão descobrir.

Curiosidades[editar]

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  • Você deve ter percebido a ausência dos países ibéricos nesse artigo, pois é, parece que ninguém dá a mínima para os hermanos e para os tugas.

Ver também[editar]